sexta-feira, 10 de abril de 2009

Hoje tenho aquela sensação que nunca poderia ser possível, tenho a sensação que nunca iria dar certo. E se desse terias de te libertar totalmente, e só assim me irias libertar também…
Hoje sei que será difícil. E não te vou ajudar… Não te posso ajudar….
Amigo é aquele que dá a cana e ensina a pescar, não aquele que dá o peixe.
Tens de ser tu, com tuas próprias mãos a liberta te, não eu.
Escrevo isto porque posso não ter a oportunidade de um dia to dizer mas mesmo assim gostaria que soubesses.
Escrevo isto, porque acho importante saberes.
Na vida há virgulas e pontos finais, há palavras, gestos e momentos que se perdem ao sabor do vento, há momentos que ficam e que vão.
Os pontos são pontos finais, são pontos sem talvez ou amanha, assuntos resolvidos, contratos cancelados, são pontos que ficam, eles vêem se, recordam se mas são pontos finais. Mas as virgulas são complicadas, são pontos de fuga para uma serie de sentimentos indecifráveis.
Sempre gostei de por pontos finais naquilo que deixei de ter, que não posso ter mais, que não quero mais. Um dia esses podem virar virgulas, porque desta agua não beberei, um dia posso também não estar aqui, e o momento é um momento presente, e não o amanhã. Hoje sinto, hoje não quero, hoje não vou, hoje acabou, ponto final.
Para estar contigo, para te tornar uma vírgula num ponto final, tenho de te ensinar a fecha-lo, não tentar fazê-lo por ti.
Fecho me na minha virgula e espero transforma la em ponto ou reticencias… virgula, agora é virgula, fecha a tua virgula e será a nossa virgula, se ela ficar será o ponto final.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Aprendi a gostar de ti assim, á distancia. A perceber o que está nas entrelinhas, e ler-te e reler-te mesmo sem escreveres. Aprendi a ter-te perto, tão perto que a distancia não consegue quebrar. Aprendi a não te ter aqui a não respirar o mesmo ar nem olhar a mesma paisagem. Aprendi a gostar e ti assim, ter-te sem te ter.
Eu posso aprender ainda muita coisa sabes? Posso aprender a gostar e ti ainda mais, a querer-te e desejar-te com todas as minhas forças, posso aprender tanto, tanto ainda. Só ainda não aprendi, porque ainda não me disseste que me queres ensinar, porque ainda não sei o que queres de mim. Talvez ainda não saibas responder a essa pergunta, talvez ainda não tenhas a forma indicada pra mo dizer. Eu aguardo. Aguardo a tua resposta.

Passam horas, dias e noites, e mesmo quando estás longe e em silencio continuas a estar aqui a meu lado, simplesmente porque aprendi a ter assim, sem te ter.
Há tanta coisa que gostava de te poder dizer, sem receios, sem dúvidas de que me ouvirias e perceberias exactamente o que te quero dizer. Há tanta duvida, tanto porquê.
Talvez tudo isso seja apenas ilusão da minha cabeça, e não queiras dizer aquilo que quero ouvir. Talvez o meu coração bata assim por sua pura ilusão. Todos nós temos as nossas ilusões, mas há ilusões reais demais para serem ilusões, e tu és uma delas.
Espero a cada segundo uma palavra tua, uma resposta as minhas perguntas, um sim ou um não. Espero por ti no cair da noite, espero por ti quando os meus olhos abrem ao sabor do sol. Espero por ti aqui, sem hoje sem ontem sem amanha. Simplesmente espero.
E espero porque não vejo o amanha, não me guio não só pelo que poderemos vir a sentir, mas por aquilo que já sentimos, sei que um dia terei a minha resposta, por isso eu espero.